Sem dúvidas o construtivismo não é a proposta educacional mais utilizada no país, apesar das recomendações do MEC, a resistência apresentada pelos docentes ainda é muito frequente.
No construtivismo, os programas do ensino deverão ser integrados para que o aluno construa o seu próprio conhecimento baseado em experiências vividas, relacionadas à realidade, isto é, ele rejeita a apresentação de conhecimentos prontos ao estudante e propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio. Neste caso, a professora, ao invés de dar uma aula meramente expositiva, ela organiza projetos que estimulem a participação do aluno no seu aprendizado, dentro do contexto vivido por eles. A professora fica na posição de mediadora, motivadora ou facilitadora ao invés de expositora ou impositora, como no método tradicional.
Quando comparamos o método tradicional de ensino com a proposta construtivista, é possível verificar que o aluno em processo de alfabetização pela primeira proposta, não comete muitos erros ortográficos, porém, quando solicitamos a esse aluno que escreva um texto, as dificuldades aparecem. Pois, o discente aprende decorando regras e fórmulas prontas. Já no caso do construtivismo, o aluno escreve textos excelentes com muitos erros ortográficos, na maioria das vezes. Entretanto, o erro, no construtivismo, é considerado um fator necessário para o processo de aprendizagem, visto que, é uma excelente oportunidade para o aluno corrigi-lo, junto com o professor ou em grupo.
Pelo construtivismo, o aluno torna-se bom de raciocínio, com mais senso crítico, espírito inquisitivo, participativo e cooperativo, sem desembaraço na elaboração do próprio conhecimento e mais independência para buscar aperfeiçoamento e corrigir eventuais erros.
Essa proposta desperta no aluno um senso de autonomia e participação; as crianças não são passivas, mas incentivadas a participar, desestimulando a competição entre os colegas e sim a cooperação entre eles.
Para você professor, lhe pergunto: Que tipo de cidadão você quer formar? O método tradicional de ensino não favorece a formação de indivíduos críticos, autônomos, confiantes de si mesmos. Será que nossas crianças estarão preparadas psicologicamente para encararem o futuro?
Precisamos formar indivíduos seguros para tomarem decisões, conscientes de sua função social, moral e intelectual.
Pois, como já disse Jackeline e Martin BROOKS, “Aprender é construir o seu próprio significado e não encontrar as "respostas certas" dadas por alguém.”
Lilian Siqueira, 11/11/2010
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